terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Rosas de Papel

Eis que surge em meio ao vilarejo um jovem poeta, ele viajava o mundo espalhando sonhos, seu olhar negro de pupilas brilhantes, transmitiam uma beleza jamais vista em alguém daquele lugar. Para os estranhos ele era um mistério. Nas noites escuras, ele costumava ouvir o som do vento soprar as folhas das árvores, admirava a imensidão do céu estrelado, e viajava em um mundo surreal. Mundo este que fugia da sua realidade, pois ele também era um colecionador de lágrimas. Diferente de muitos que costumavam regar os jardins de belos roseirais, aquele poeta viajante tinha o seu próprio jardim, seu jardim também tinham rosas, não rosas comuns, como costumamos vê, eram "rosas de papel". Ele mesmo as faziam , bastava apenas ter dois guardanapos em mãos. Suas rosas eram regadas com lágrimas, e cada uma tinha uma história diferente, aquele poeta depositava em cada rosa seus sonhos, projetos, dores, esperanças. Cada rosa sabia de um segredo do poeta, pois nos momentos de solidão quando as tecia, ele dialogava com cada uma. A cada pétala uma lágrima rolava em seu rosto. No seu jardim estavam depositados milhões de sonhos, de histórias, verdadeiras lições de vida. Mesmo cansado de receber da vida tantas rasteiras, o viajante protegia seu frágil jardim dos fortes temporais. Era teimoso, ele vivia expressando seus sentimentos em rosas de papel.

By: Gideone

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